Filme rejeitado pela Disney e acolhido pela Netflix acabou indicado ao Oscar

Nesta semana, a Netflix disponibilizou no seu canal oficial do Youtube a animação “Nimona” de forma gratuita e na íntegra. A nova produção é uma das grandes apostas do Oscar 2024 na disputa pela Melhor Animação, competindo com “O Menino e a Garça”, “Homem-Aranha: Através do Aranhaverso”, “Meu Amigo Robô” e “Elementos”. Vale lembrar que o filme também está disponível na plataforma de streaming. 

Baseada na graphic novel de N. D. Stevenson, acompanhamos a história de uma garotinha metamorfa que deseja se tornar a comparsa perfeita do suposto maior vilão de todos os tempos. Uma curiosidade sobre essa animação, é que a Disney desistiu da produção, fazendo com que a Netflix adquirisse os seus direitos. 

De acordo com as informações divulgadas pelo Insider, em 2022 quando a produção seria desenvolvida, a Disney foi contra a temática LGBTQIAP+ que está presente na história e não queria que ocorresse o beijo entre um casal gay que faz parte da narrativa. 

Mais detalhes de Nimona e a censura com a Disney 

Dirigido por Nick Bruno e Troy Quane, o filme precisou passar por várias mudanças de estúdios até que a Netflix aceitasse fazer a trama da maneira como queriam. Sobre isso, Troy falou em uma entrevista ao Cartoon Base, em como a plataforma salvou a animação: 

“O design dos personagens e o estilo visual do filme são os mesmos que estabelecemos na Blue Sky. Em termos de história, o filme é cerca de 90% igual aos rolos que colocamos na época em que o estúdio foi fechado!”, explicou ele.

“Para novos parceiros, Megan Ellison, da Annapurna e na Netflix, as únicas mudanças que fizemos foram focar mais na temática da aceitação e em quem eram os personagens em relação aos elementos LGBTQ+ da história. Foi muito libertador ter parceiros tão solidários!”, continuou o cineasta. 

Ainda sobre o tema, o diretor falou sobre a importância dos cineastas de lutarem por suas narrativas e no que acreditam: “Cabe a nós, como cineastas, continuar lutando por histórias honestas e inclusivas. Precisamos resistir às expectativas sobre o que os filmes de animação podem ser e os tipos de histórias e personagens que trazemos para a tela”, refletiu.

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