Ex-BBB Felipe Prior é condenado a 6 anos de prisão

Felipe Prior foi julgado no último sábado (8) por um estupro cometido em 2014. O ex-BBB, empresário e arquiteto foi condenado em primeira instância pela 7ª Vara Criminal de São Paulo a seis anos de prisão em regime semiaberto (via Marie Claire.

Neste regime, é liberado o trabalho externo durante o período do dia (via InfoEscola). A decisão foi assinada pela juíza Eliana Cassales Tosi Bastos. Ele ainda pode recorrer em liberdade, e o caso corre em segredo de justiça.

A Justiça de São Paulo concluiu que Prior usou de força física, segurando a vítima pela cintura e pelos braços e puxando seus cabelos, continuando o ato sexual mesmo quando ela afirmou que “não queria manter relações sexuais”. Um prontuário médico da vítima aponta laceração no seu órgão genital. Prints de mensagens entre os dois e depoimentos da vítima, de testemunhas e do próprio acusado forneceram outras evidências para a condenação.

A advogada da vítima, Maira Pinheiro, afirmou que a acusação foi muito atacada durante o julgamento, com a defesa usando argumentos misóginos para descredibilizar a vítima.

“Usaram fotos da vítima de biquíni para dizer que ela não teve depressão e crises de pânico, colocaram um amigo do agressor como testemunha para difamá-la e retratá-la como promíscua, como forma de descredibilizá-la. A versão mentirosa do agressor é pornográfica, e felizmente não prevaleceu”, relatou a advogada.

Pinheiro espera que o ex-BBB ainda seja condenado em três processos, cujas penas somadas ultrapassariam 24 anos.

Relembre as acusações contra Felipe Prior

Poucos dias após a eliminação de Prior do Big Brother Brasil 2020, a Marie Claire publicou uma matéria com relatos de três mulheres acusando o arquiteto de estupro e tentativa de estupro. Os crimes teriam sido cometidos entre 2014 e 2018. Uma quarta mulher procurou o veículo e denunciou o ex-BBB após ver a reportagem.

O caso pelo qual Prior foi condenado é o da vítima Themis (protegida por um pseudônimo). O crime ocorreu nos jogos universitários das faculdades de arquitetura e urbanismo do estado de São Paulo, InterFAU. Ela e uma amiga tinham pegado carona com Prior, na época estudante, depois dos jogos. Ele deixou a amiga dela em casa e parou o carro, quando começou a beijar Themis e a arrastou para o banco de trás do veículo.

Muito alterada por causa da bebida, a vítima não conseguiu oferecer resistência física, mas falou que não queria ter relações sexuais mais de uma vez. Segundo o relato de Themis, ele respondeu “para de ser fresca, no fundo você quer, não é hora de se fazer de difícil”. Ele estuprou a jovem, e o ato teria causado uma laceração no órgão genital dela, vindo a ensanguentar as roupas e o banco do carro. Ela começou a chorar por causa da dor, e acredita que tenha sido o que fez ele parar.

Themis denunciou o crime anos depois, quando entrou em contato com outras mulheres que também relataram episódios de violência cometidos por Felipe Prior.

A organização dos jogos InterFAU deu uma resposta na época, relatando que ele expulso dos jogos após relatos de assédio em 2018, mas que a organização não sabia de detalhes, nem que era um caso de estupro (via Marie Claire).

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