Frank Sinatra citou cartomante, exigiu público mínimo e quase fugiu do Maracanã

No dia 26 de janeiro de 1980, Frank Sinatra encantou o Brasil com uma performance extraordinária no Maracanã. Foram incríveis 175 mil pessoas no estádio carioca e a chuva não cessava. O músico já havia informado que, com chuva, não haveria show.

Porém, ao ser levado ao túnel de acesso, Sinatra ficou comovido com a multidão que o aguardava apesar do mau tempo. “Não posso deixar essa gente na mão”, disse o músico, de acordo com os jornais da época.

Sete minutos antes do show começar, São Jorge ouviu as preces das centenas de milhares de pessoas presentes. A chuva parou e subiram ao palco os mais de 40 membros da orquestra que acompanhava Sinatra.

Em seu show, Sinatra, emocionado, fez questão de conversar com aqueles que enfrentaram a ira dos céus para encontrá-lo. “Nunca, em toda a minha vida, tive uma plateia assim”, disse o cantor, complementando ainda com “Viram como Deus é nosso amigo? Parou de chover!”

Frank Sinatra revelou encontro com cartomante e exigiu público mínimo

Meses antes de vir ao Brasil, a presença de Sinatra não era nenhuma garantia. O músico foi trazido ao país pelo empresário Roberto Medina, dono da agência Artplan Publicidade, e fez uma exigência um tanto quanto complexa: o público mínimo deveria ser de 60 mil pessoas.

O pedido era sério e constava como uma cláusula em seu contrato. Medina e os organizadores garantiram o espetáculo e prepararam o Maracanã com 175 mil pessoas ansiosas para ver um dos maiores gênios da música ao longa das últimas quatro décadas.

A excentricidade e o temor de Sinatra, no entanto, não haviam acabado. De acordo com ele, uma cartomante teria dito que, se viesse à América do Sul, seria assassinado. Com foi descoberto posteriormente, a história não passava de uma desculpa inventada pelo próprio Sinatra para escapar do assédio de empresários brasileiros.

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