Herança de Charlie Chaplin: para quem ficou o dinheiro?

Em um momento em que as maiores estrelas das vanguardas cinematográficas ganhavam cerca de 175 dólares por semana, Charlie Chaplin já havia consolidado sua carreira e solicitava um pagamento de 10 mil dólares por semana, além de bônus de centenas de milhares de dólares. Embora o pedido possa parecer absurdo, os estúdios aceitavam, o que fez do ator uma das pessoas mais ricas do mundo, tendo uma base salarial milionária em 1918.

Os registros públicos apontavam que o astro tinha uma fortuna de US$50 milhões, embora muitos de seus ganhos fossem privados. Em seu quintal, havia um milhão de dólares enterrados, por exemplo. Estima-se que, quando morreu, em 1977, Charlie Chaplin possuía US$415 milhões em seu nome.

“O testamento de Deus foi feito. Esse é o meu”, iniciava o último testamento de três páginas do astro. Nas páginas, Chaplin deixou 100 milhões de libras esterlinas (cerca de US$170 milhões na época) para sua quarta e última esposa, Oona. Para seus muitos netos, o cineasta deixou 15 guineas (cerca de 15 libras), possivelmente como forma de prevenir que eles contestassem o testamento.

Cada um de seus filhos recebeu 150 libras, com exceção de Michael, que recebeu o restante da fortuna. Para Elizabeth Drew, sua zeladora, Chaplin deixou sua cama e as cortinas que ela tanto admirava.

Charlie Chaplin: relembre carreira do ator

Embora tenha começado sua carreira em 1914, Charlie Chaplin dirigiu e protagonizou seu primeiro grande sucesso em 1921, com a estreia de O Garoto. O longa foi um grande sucesso com mais de US$5 milhões arrecadados e colocou o nome do astro no mapa.

Durante a década, Chaplin estrelou em O Circo e Em Busca do Ouro, novos sucessos sem precedentes. A carreira do ator manteve-se em alta com os lançamentos de Luzes da Cidade, Tempos Modernos e O Grande Ditador, considerado por muitos seu melhor filme, com uma crítica aos regimes fascistas e de cunho nazista que reinavam na Europa.

Sua carreira sofreu uma grande queda durante a década de 1940. Após sua sátira de Hitler, Chaplin veio a ser acusado de participar de reuniões comunistas, o que diminuiu sua popularidade. As polêmicas fizeram com que o astro chegasse até mesmo a ser expulso dos Estados Unidos. Assim, Chaplin viveu seus últimos 20 anos na Europa, falecendo em 1977 em sua residência na Suíça.

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