Idosos de Mulheres Apaixonadas foram grande destaque da novela

Os idosos da novela Mulheres Apaixonadas, novela de 2003, geraram uma enorme visibilidade para um problema que existe na sociedade. O tema que foi abordado causou uma comoção em todos os espectadores do Brasil. A força da audiência da Rede Globo fez com que o tema fosse discutido no senado federal.

O autor da novela, Manoel Carlos, trouxe a abordagem de maus-tratos a pessoas da terceira idade. Ele resolveu trazer à tona esse assunto após ver a diferença em como os idosos são tratados no Brasil e nos Estados Unidos. Isso aconteceu após passar um tempo morando em Nova York, onde os idosos eram tratados de uma maneira melhor.

Manoel criou os personagens Leopoldo (Oswaldo Louzada) e Flora (Carmen Silva), dois idosos que sofriam com maus tratos da neta, Dóris (Regiane Alves). Ela os considerava uma barreira que a impedia de fazer as coisas. Uma cena que marcou e foi chocante na novela foi quando o pai de Dóris a agrediu após não respeitar os seus avós.

Mesmo com cenas muito fortes, a novela serviu para alertar uma parte da sociedade sobre os maus tratos que os idosos sofriam dos mais novos, seja por abandono, desrespeito ou outras formas de violência. Na época, as denúncias cresceram e o assunto se tornou pauta para o governo discutir.

Projeto aprovado pelo governo

Em 2003, ano em que a novela estreou na Globo, o Governo Federal aprovou o Estatuto da Pessoa Idosa. O projeto já estava no Congresso há seis anos, porém, foi acelerado após o aumento das denúncias de maus tratos a pessoas idosas.

O estatuto garante aos idosos o direito a todas as oportunidades e facilidades para a preservação de sua saúde e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.

Além disso, determina que a família, a sociedade, a comunidade e o poder público assegurem aos idosos o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.

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