Mauricio de Sousa conheceu Stan Lee e abriu o jogo sobre bastidores

Um dos mais famosos cartunistas do Brasil, sendo o criador da Turma da Mônica e membro da Academia Paulista de Letras, Mauricio de Sousa possui renome internacional e chegou não só a ter reconhecimento, como foi e é amigo de outros nomes gigantescos do mundo das histórias em quadrinhos.

Em entrevista ao podcast Inteligência Ltda., o cartunista relembrou algumas de suas célebres amizades, entre elas, uma que chamou muito a atenção do público. Mauricio era grande amigo de Stan Lee, um dos maiores ícones dos super-heróis, por trás da Marvel Comics.

Durante a conversa, Mauricio relembra da primeira vez que se encontrou com Lee nos anos 1970, em Nova York. O cartunista revelou que, no encontro, levou consigo diversos pôsteres da Turma da Mônica e que Lee foi muito gentil, chegando inclusive a pendurar os pôsteres em seu escritório.

Em declaração ao site UOL em 2018, Mauricio revelou detalhes sobre o encontro, falando que a conversa dos dois durou horas.

“[…] Na vida fora dos gibis também tive meus momentos agradáveis com Stan Lee. Foi quando eu o visitei no seu escritório em Nova York carregado de objetos e posters da Turma da Mônica. Ele foi gentil, interessado, e conversamos sem olhar no relógio sobre meu início de carreira e o dele. Durante os anos que se seguiram ele mencionava de forma gentil, em entrevistas, os trabalhos dos nossos estúdios”, relembrou.

No encontro, os cartunistas registraram uma foto em preto e branco no escritório de Lee. Esta foto também aparece na autobiografia Mauricio – A História Que Não Está no Gibi. Na entrevista ao podcast, Mauricio lamentou não ter tirado foto do pôster na sala de Lee.

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Mauricio de Sousa e Stan Lee em Nova York nos anos 1970 – Imagem: Divulgação/Mauricio de Sousa

Mauricio de Sousa e o mercado internacional de quadrinhos

Ainda durante a entrevista ao podcast, o criador da Turma da Mônica falou sobre outras de suas amizades internacionais, como o mangaká Osamu Tezuka e o quadrinista Will Eisner, que inclusive chegou a desenhar sua versão da Mônica como um presente para o amigo brasileiro.

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Mauricio de Sousa e Will Eisner

Apesar do prestígio e amizades que conseguiu, o brasileiro relembrou, em sua biografia, de todas as dificuldades que enfrentou para apresentar o seu trabalho no mercado internacional.

Porém, Mauricio também explicou que sua independência, conquistada ao registrar seus personagens, foi algo que chamou muito a atenção, principalmente dos artistas americanos. Segundo ele, todos os cartunistas e quadrinistas que o visitavam ficavam impressionados com o controle com seus personagens.

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